Arte, corpo, tecnologia: a marca da Bienal em movimento

Notas da redação

De inteligência artificial à inspiração nos parangolés de Hélio Oiticica, passando por estudos de movimento e pela diversidade dos corpos da dança contemporânea. Nesse emaranhado de conceitos e referências, nasce a nova marca da Bienal Sesc de Dança. 

Desenvolvido pelo designer Cesar Harold, da Gerência de Artes Gráficas do Sesc SP, o projeto envolve também uma adaptação da identidade para este momento da comunicação, com a escolha de uma paleta de cores vivas, feitas para brilhar na internet!

“Desde a pandemia, a gente tem feito uns cards para internet, que não eram tão importantes em 2019. Naquela época, a prioridade era o catálogo e o material impresso. Então, este é o primeiro ano em que pensamos primeiro na internet, depois nos impressos para desenvolver a identidade”, conta Cesar.

Paleta de cores escolhida para a comunicação visual da Bienal de Dança em 2023.

Ao incorporar as tendências contemporâneas para esse reencontro presencial com o público, a ideia foi honrar o legado das Bienais. Por isso, o estudo da nova marca levou em conta os deslocamentos, os rastros de movimento já incorporados nas edições anteriores.

“O projeto revela uma síntese de movimento, que surge com as direções da identidade visual criada em 2011, mas que agora ganha mais elementos, com o uso de novas ferramentas de design. Eu peguei vários corpinhos, corpinhos não, movimentos, e sobrepus em rabiscos. Na hora, eu pensei nisso: se eu registrar o movimento das imagens, o que pode acontecer?”, reflete Cesar, em depoimento ao +Dança.

Cena do espetáculo The Rite Of Spring (2022), da Cia. Pina Bausch.

 

“No começo, o resultado foi muito complexo, não traduzia o que eu queria. Então, eu comecei a reduzir, comecei a quebrar em pedaços, reduzir, reduzir, reduzir, até que eles se aproximam mais dessa coisa que é mais didática, para as pessoas associarem à dança”, pontua o designer.

Recortes de movimento do espetáculo AMA – A SHORT FILM BY JULIE GAUTIER (2020).

 

Desdobramento do estudo de identidade visual a partir dos recortes acima.

 

Após o estudo das cores e dos elementos gráficos, começou a escolha da fonte, que também revela esse movimento e a diversidade dos passos de dança. “ABC Galpagos é uma fonte experimental, não segue regras normais de tipografia, ela tem várias versões. Essa fonte quebra para todos os lados, ela é muito parecida com essa síntese do movimento, do grafismo, e ela remete a uma evolução do que seria essa marca da dança.”

Fonte escolhida para integrar a comunicação visual da Bienal Sesc de Dança em 2023.

 

Agora que você já conhece as cores, os traços e as letras da Bienal Sesc de Dança, já pode começar a contagem regressiva junto com a gente! 

Neste ano, o festival acontece entre 14 e 24 de setembro, na cidade de Campinas.

 

E continue acompanhando +Dança! Neste espaço, você pode acompanhar bastidores e se aproximar do universo da dança contemporânea por meio de histórias e saberes das pessoas que fazem o festival – artistas, pesquisadores(as), curadores(as), equipes técnicas, plateias e todo mundo que integra a Bienal. Seguimos!