Encantado
Lia Rodrigues (em) Companhia de Danças | RJ | Brasil
Espetáculos
Brasil
16 anos
56'
Espetáculos
Brasil
16 anos
56'
A palavra encantado, do latim incantatus, designa algo que é ou foi objeto de encantamento ou de feitiço mágico. É, também, sinônimo de maravilhado, deslumbrado ou fascinado, além de ser uma expressão de cumprimento social. No Brasil, o termo tem, ainda, outros sentidos: se refere às entidades que pertencem a modos afro-ameríndios de percepção de mundo. Os encantados, animados por forças desconhecidas, transitam entre o céu e a terra, nas selvas, nas pedras, em águas doces e salgadas, nas dunas e nas plantas, transformando-os em locais sagrados.
Partindo de cosmogonias indígenas e africanas, a diretora Lia Rodrigues orquestra em cena corpos que se acoplam em arranjos variados na busca pelo coletivo. Embolando-se entre si e em cobertores, vestes e tecidos estampados, os intérpretes-criadores vasculham possibilidades de encantar o que os cerca – imagens, danças e paisagens – e transformá-lo em seus corpos e ideias, refletindo formas de ir ao encontro dos seres viventes em toda a sua diversidade.
O espetáculo, trabalho mais recente da Companhia de Danças, estreou em 2021 no Festival d’Automne de Paris, fazendo temporada em dois teatros da capital francesa, o Teatro Nacional de Chaillot e o Le 104, dos quais a coreógrafa é artista associada. No Brasil, a montagem foi apresentada pela primeira vez no Sesc Pinheiros, no ano seguinte. A produção surgiu no contexto da crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 e nasceu do desejo de usar a magia e a encantação como guias para conduzir o processo criativo durante esse período dramático.
FICHA TÉCNICA
Criação e direção: Lia Rodrigues;
Dançado e criado em colaboração por: Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey Da Silva, Larissa Lima, David Abreu e Raquel Alexandre;
Também dançado por: Alice Alves, Daline Ribeiro, Cayo Almeida, Vitor de Abreu e Sanguessuga;
Colaboração na criação: Carolina Repetto, Joana Castro, Matheus Macena, Ricardo Xavier e Tiago Oliveira;
Assistente de criação e direção: Amália Lima.
Dramaturgia: Silvia Soter;
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer;
Criação de luz: Nicolas Boudier, com assistência técnica de Baptistine Méral e Magali Foubert;
Iluminação (criação e operação) no Brasil: Jimmy Wong;
Trilha sonora e mixagem: Alexandre Seabra (a partir de trechos de músicas do povo Guarani Mbya – Aldeia de Kalipety da T.I. Tenondé Porã – cantadas e tocadas durante marchas de povos indígenas em Brasília, em agosto e setembro de 2021, contra o Marco Temporal);
Produção no Brasil: Gabi Gonçalves (Corpo Rastreado);
Produção e difusão internacional: Colette de Turville, com assistência de Astrid Toledo;
Administração na França: Jacques Segueilla;
Idealização e produção do projeto de apoio do Instituto Goethe: Claudia Oliveira;
Secretária e administração: Glória Laureano;
Professores: Amalia Lima, Sylvia Barretto e Valentina Fittipaldi;
Agradecimentos: Thérèse Barbanel, Antoine Manologlou, Maguy Marin, Eliana Souza Silva e equipe do Centro de Artes da Maré.
Uma coprodução: de Scène Nationale Carré-Colonnes; Le TAP – Théâtre Auditorium de Poitiers; Scène Nationale du Sud-Aquitain; La Coursive – Scène Nationale de La Rochelle; L’empreinte, Scène Nationale Brive-Tulle; Théâtre d’Angoulême Scène Nationale; Le Moulin du Roc, Scène Nationale à Niort; La Scène Nationale d’Aubusson; Kunstenfestivaldesarts (Brussels); Brussels, Theaterfestival (Basel); HAU Hebbel am Ufer (Berlin); Festival Oriente Occidente (Rovereto); Theater Freiburg; l’OARA – Office Artistique de la Région Nouvelle Aquitaine; Julidans (Amsterdam); Teatro Municipal do Porto; Festival DDD, Dias de Dança; Chaillot – Théâtre National de la Danse (Paris); Le CENTQUATRE-PARIS e Festival d’Automne à Paris.
Com apoio de FONDOC (Occitanie)/França; Fundo Internacional de Ajuda para as Organizações de Cultura e Educação 2021 do Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do Goethe-Institut e de outros parceiros; e Fondation d’entreprise Hermès/França, com a parceria de France Culture.
Uma produção da Lia Rodrigues Companhia de Danças com apoio da instituição Redes da Maré, da Campanha “A Maré diz não ao Coronavírus – Projeto Conexão Saúde” e do Centro de Artes da Maré.
Lia Rodrigues é artista associada ao CENTQUATRE, na França.
“Encantado” é dedicado ao Oliver.