C A C U N D A

Adnã Ionara | SP | Brasil

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Espetáculos

Brasil

Livre

30'

21 set ∙ Quinta ∙ 19h00

Sesc Campinas | Espaço Arena

Espetáculos

Brasil

Livre

30'

22 set ∙ Sexta ∙ 19h00

Sesc Campinas | Espaço Arena

Originada na língua africana quimbundo, a palavra cacunda diz respeito à curvatura acentuada das costas, geralmente consequência da idade, abaulando o corpo. Refere-se também àquela que dá abrigo e proteção, àquela que lança pragas e deseja o mal pelas costas. Nos terreiros, cacunda é a entidade mais velha na seara da umbanda, a Cacurucaia: uma mulher velha e ranzinza, uma poeira que baila na curva do tempo e risca seu ponto num encontro entre passado, presente e continuidade.

No solo de Adnã Ionara, cacunda dá nome a uma dança que mobiliza o tempo e suas curvas, questionando e celebrando o peso que carrega a existência. Em cena, uma narrativa de músculos é amparada por sonoridades, simbologias e sutilezas do álbum “Padê”, de Juçara Marçal, e das obras literárias “Um Defeito de Cor”, de Ana Maria Gonçalves, e “Becos da Memória”, de Conceição Evaristo.

Para criar o espetáculo, a artista e pesquisadora partiu de referenciais bibliográficos e simbologias afrodiaspóricas ligadas ao tempo e à memória, entendida como construção social e coletiva. Assim, quando em culto, a memória é responsável pela ancestralização, firmando-se como eco de existências antigas, e operando como um cordão que gesta e delineia as curvas espiraladas do tempo.

FICHA TÉCNICA BILINGUE

Criação e interpretação: Adnã Ionara;
Direção artística: Adnã Ionara e José Teixeira;
Direção, composição e execução de trilha musical: Yandara Pimentel, Otavio Andrade e Marcelo Santhu;
Design e operação de luz: Karen Mezza;
Operação de som: Pedro Flório;
Figurino: Graciete Mary dos Santos;
Produção artística: José Teixeira;
Contrarregragem: Yasmin Berzin;
Produção executiva: Wannyse Zivko (Arte & Efeito).

Cacunda. Foto de Paula Freitaz.